quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Democracia chega ao luxo

Da ostentação à nutrição da vaidade, a indústria do luxo movimenta cerca de US$ 4 bilhões por ano no Brasil, tornando-se não apenas um privilégio da elite. Pode ser surpreendente, mas o Brasil é um dos países que mais consome produtos de luxo.

Apesar de o número de brasileiros com alto poder aquisitivo não ser muito elevado, os aspectos emocionais fazem com que o consumo impulsivo seja mais saliente do que o necessário.

Com o crescimento econômico desta década e as facilitações de crédito, as classes C, D e E adquirem produtos antes exclusivos das classes A e B. “Compramos um aparelho DVD porque desejamos assistir a um filme. E se não tiver condições de pagar à vista, a gente faz à prestação”, afirma categoricamente a diarista Jurema Fátima Mileschi Cruz, ter se arrependido de algumas compras a prazo que já fez.

A facilidade de pagamento é a principal arma do comércio, que proporciona prestações a perder de vista, popularizando o luxo. Evidentemente que, mesmo vivendo com simplicidade, ninguém comprará um walkman se puder adquirir um Ipod em 18 vezes.

Para o professor de Filosofia, Wellington Lima Amorim, hoje, o luxo está travestido com a idéia do consumo. “A sociedade vive um estado de orgia, onde tudo é consumido e se torna mercadoria”, avalia. Hoje, todas as classes têm acesso a bens materiais e serviços que antes só as classes altas desfrutavam.


Para ir mais longe no assunto, dê uma conferida nestes links que abordam a questão da democratização do luxo

Interior paulista e a classe C impulsionam a venda de jóias

O novo luxo. Trading Up e Trading Down.

Luxo Popular - A nova fronteira do consumo

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